quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Autolatina 1990 : Ford Verona X Vw Apollo ...
Um dos episódios mais esdrúxulos da história automotiva brasileira ocorreu em 1990, auge da parceria Ford-Volkswagen: a Autolatina.
O Ford Verona, sedan sem lá muito graça derivado do Ford Escort, produzido ao mesmo tempo como Volkswagen com algumas mudanças estéticas e batizado de Apollo. Uma história tão estranha quanto a Vw produzir Fiestas hoje em dia!
Fotos: revista Quatro Rodas, julho de 1990.
guilhermedicin@hotmail.com
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Na época e até hoje acho muita falta de criatividade da indústria brasileira.
ResponderExcluirCoitado do meu pai, que teve que explicar para um menino de 7 anos que história era essa de Apollo e Verona, não entendi e ainda não entendo.
ResponderExcluirHá que se lembrar que nessa época o mercado ainda era fechado, importações proibidas, só havia carros produzidos aqui com ferramental obsoleto, sem capital para investimento, inflação galopante, população sem dinheiro...
ResponderExcluirQuem não viveu essa época pode achar "esdruxulo" mas era uma tentativa, sem muito sucesso, é verdade, de sobrevivência das duas empresas. Não funcionou porque as culturas empresariais das duas era e ainda é, muito diferentes.
Mas na época naquela conjuntura, fazia sentido.
Errei! As culturas eram e ainda são... muito diferentes.
ResponderExcluirTive um Del Rey guia 1990 4 portas completo com motor AP 1.800 , vendi no ano passado, me arrependo até hoje.!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBem, acho que criticar a Autolatina sem levar em conta a perspectiva histórica - e seus bons filhos, diga-se, é algo que eu não faria.
ResponderExcluirA Ford esteve prestes a deixar o Brasil. A Autolatina nasceu após a moratória que antecedeu o governo Sarney. Era um tempo em que cores eram novidades nos carros de um ano para outro, simplesmente pois não havia investimentos. O Brasil não tinha crédito ou perspectivas.
A Autolatina, por mais que possa parecer estranho, sequer foi fato isolado. Surgiu logo depois a Autoeuropa em Portugal, que resultou em VW Sharan e Ford Galaxy. Na Argentina pré-Mercosul também houve Autolatina. Lá tiveram ainda Sevel unindo Fiat e PSA,o que ocorre até hoje na Europa e também no Brasil de certa forma, na figura da Iveco. Aí estão Ducato, Boxer e Jumper que não me deixam mentir.
Voltando à Autolatina, o compartilhamento de motores e plataformas foi especialmente bom para a Ford, que pôde finalmente colocar no Del Rey um motor que era pedido desde o lançamento do Corcel II. O Escort XR3 mudou de patamar, saindo de rival do Uno 1.5R para superar o Gol GTS. A mecânica VW permitiria ainda ao XR3 de 1993 brigar de igual para igual com a nata da esportividade brasileira, o Kadett GSi e o Gol GTi.
Para a Volkswagen houve ganho em escala de produção dos motores da família AP, além de custos compartilhados no desenvolvimento do Santana Mk2. Ainda, se o Apolo não agradou, o Logus foi um produto relevante que só não alcançou maior participação pelo fim da Autolatina.
Verona e Apolo foram respostas ao Kadett e, se hoje não parecem muito, foram sim lançamentos importantes e desejados no Brasil do final dos anos 80.
Caro Vitor,
ExcluirHá mais de um ponto de vista nesta questão.
No período da fusão eu era fornecedor nas duas empresas e tinha relações com as áreas de suprimentos de ambas.
Nunca ouvi qualquer comentário do pessoal da VW, mesmo eu tendo promovido o assunto. Porém, na Ford os comentários eram de que a única que tinha a ganhar era a VW, que, à partir de então, assimilou o know-how da linha de caminhões da Ford.
Penso que haja uma boa dose de verdade no assunto, pois acompanhei a grande evolução (e, diga-se de passagem, semelhança) da linha de pesados que surgia na VW.
Dessa época tive um golzinho CHT 1.0 96. Ótimo carro urbano. Cesar
ResponderExcluirUm fenômeno de versatilidade ocorreu com o motor 1.0 do Gol Autolatina: O motor veio para o Brasil oriundo da França onde era produzido pela Renault (no Gordini/Dauphine). Aqui se tornou um Willys Overland. Em 1968 se transformou em Ford (Corcel/Corcel II) e por fim na Autolatina se despediu dentro de um Volkswagen.
ResponderExcluirQuando era moleque, eu sonhava com esses dois aí. Andavam muito com motor AP 1.8. Tinham uma arrancada muito bom. E tinham um excelente acabamento, principalmente na versão GLX do Verona e no GLS do Apollo. E teve a versão série especial "Vip" do Apollo que era lindo também, eu ficava admirado. Mas já a geração seguinte, o Escort/Verona "Sapão" e o Pointer/Logus, já não tinham um acabamento tão bom quanto seus antecessores. Exemplo era a caixa de fusíveis. No Verona/Escort antigo, vinha no cofre do motor, bem encaixado, prático e fixo. Já no modelo mais moderno, ficava dentro do painel e ficava quase que "pendurado" só pelos fios, totalmente solto. Sem falar no material pior do acabamento. E sem falar na problemática suspensão do Escort/Verona "Sapão" e Logus/Pointer. Barulhenta e muito frágil. Mas o Logus/Pointer, era um dos carros mais bonitos da época quando foi lançado. Era um sonho de consumo da classe média brasileira.
ResponderExcluirHumberto "Jaspion"
O motor CHT é parecido com o do Gordini , mas não é o mesmo.
ResponderExcluirIsso sem falar no VW Pointer, pra mim o mais belo carro feito pela VW. E o Logus Volfsburg Edition foi o primeiro VW a ultrapassar os 200 km/h.
ResponderExcluirNem me falem desse motor CHT 1.0. Tive um Escort Hobby 96 e foi só dor de cabeça.
ResponderExcluirApesar de achar que esses carros nos atrasaram muito tempo de evolução, concordo com o Victor, são verdadeiros filhos e tem muita história para contar.
ResponderExcluirConcessionaria VW
Bem lembrado, o Pointer era sonho de consumo de muita rapaziada.
ResponderExcluirConcessionaria VW
Se não fosse a Autolatina o Escort Xr3 não teria tido uma vida muito longa, pois o motor CHT ja estava ultrapassado e ele não iria muito longe na briga entre Gol e Kadett, muitas pessoas criticam o Verona e Apollo pelo fato de conhecer pouco do carro, é fácil andar de carro 1.0 de plástico e meter o pau nos mais antigos, infelizmente o Apollo não teve uma vida longa, devido ao preço que era bastante alto, chegava bem próximo dos já consagrados Santana e Monza, mas com toda certeza os dois são carros ótimos e muito confortáveis.
ResponderExcluirCara hoje eu não me admiro pra um carro desse, mais antigamento quem podia ter um carro desse era o meu vizinho o (Rinquinho)!! pra você ver como é o tempo.
ResponderExcluirtenho um verona 90 um bom carro para cidade pena que e gastão
ResponderExcluirFala sidnei gastao?
ExcluirTenho um.tambem e consigo fazer 9 por litro
ExcluirPara os padrões de hoje acho que ta bom
Também tenho um nao posso reclamar forte firme e nao dweve nada paranehum outro,gastao é o mao de vaca você tira o pé ,trocamarcha na hora certa !
ExcluirEu gostava do Verona e do Apollo, ainda mais se fosse na cor Azul Astral.
ResponderExcluirMarcelo