Pela numeração na porta e com a ausência de calotas, parece remeter a um exemplar de corrida... bastante curioso esse modelo de gasogênio, com esses três cilindros na horizontal, eu nunca vira... RS-1 era Porto Alegre, correto?
Corretíssimo, Prof. Chico! Este automóvel de competição pertenceu ao piloto gaúcho Norberto Jung, já falecido, antigo sócio da Concessionária Ford Ribeiro Jung de Porto Alegre, ainda existente. Outra foto desta mesma "carretera" foi publicada no Calendário da Metal Leve de 2003, (link abaixo). Linda foto.
Como sou veterano, afinal estou com 6.3,escutava comentários de tios de meu pai (já eram ricos na época nos anos 60/65), possuidores de Dodge's Fordões etc., e segundo eles a alternativa de usar o gasogênio durante a guerra era a última, pois o carro ficava muito ruim e depreciava o valor deles, vez que o combustível danificava os motores, sei lá se era verdade, mas acredito que acontecia mesmo, afinal o sistema jamais foi modernizado mesmo com a crise do petróleo a partir de 73.
Durante a 2ª Guerra a gasolina foi racionada pois não se produzia no Brasil. Seu uso foi reservado à frota de transportes (caminhões, ônibus, carros de aluguel), ao serviço público (autos oficiais, ambulâncias, veículos militares etc) e indivíduos com atividades essenciais juízes, médicos, policiais). A alternativa era o álcool, para quem tivesse um alambique (!) ou o gasogênio. Este sistema produz um gás pobre, resultante da combustão da madeira ou do carvão mineral, composto por metano e outros hidrocarbonetos. Devido ao baixo poder calorífico, o rendimento ficava bastante comprometido. Alem disso, o equipamento era muito pesado, piorando o desempenho e danificando os elementos do chassis. Mas sobretudo a queima do combustível produzia muitos elementos particulados que, aspirados pelo motor, provocavam desgaste prematuro. Isto numa época em que os componentes metalúrgicos e os lubrificantes não tinham a resistência dos atuais. Para manter a estrovenga funcionando eram necessárias limpezas semanais e filtros muito eficientes, algo que não estava ao alcance da maioria dos usuários. Entrementes, o racionamento criou um belo mercado negro de gasolina, mas isto já assunto para assunto para outro dia. AGB
Pela numeração na porta e com a ausência de calotas, parece remeter a um exemplar de corrida... bastante curioso esse modelo de gasogênio, com esses três cilindros na horizontal, eu nunca vira... RS-1 era Porto Alegre, correto?
ResponderExcluirCorretíssimo, Prof. Chico! Este automóvel de competição pertenceu ao piloto gaúcho Norberto Jung, já falecido, antigo sócio da Concessionária Ford Ribeiro Jung de Porto Alegre, ainda existente. Outra foto desta mesma "carretera" foi publicada no Calendário da Metal Leve de 2003, (link abaixo). Linda foto.
ResponderExcluirabs
Martim KIm
http://blogdojovino.blogspot.com.br/2012/08/calendario-metal-leve-2003-provas.html
Olha onde o parachoque foi instalado. Acho super interessantes esses carros a gasogênio. Um kit desses hoje deve valer uma nota entre colecionadores!
ResponderExcluirComo sou veterano, afinal estou com 6.3,escutava comentários de tios de meu pai (já eram ricos na época nos anos 60/65), possuidores de Dodge's Fordões etc., e segundo eles a alternativa de usar o gasogênio durante a guerra era a última, pois o carro ficava muito ruim e depreciava o valor deles, vez que o combustível danificava os motores, sei lá se era verdade, mas acredito que acontecia mesmo, afinal o sistema jamais foi modernizado mesmo com a crise do petróleo a partir de 73.
ResponderExcluirDurante a 2ª Guerra a gasolina foi racionada pois não se produzia no Brasil. Seu uso foi reservado à frota de transportes (caminhões, ônibus, carros de aluguel), ao serviço público (autos oficiais, ambulâncias, veículos militares etc) e indivíduos com atividades essenciais juízes, médicos, policiais). A alternativa era o álcool, para quem tivesse um alambique (!) ou o gasogênio. Este sistema produz um gás pobre, resultante da combustão da madeira ou do carvão mineral, composto por metano e outros hidrocarbonetos. Devido ao baixo poder calorífico, o rendimento ficava bastante comprometido. Alem disso, o equipamento era muito pesado, piorando o desempenho e danificando os elementos do chassis. Mas sobretudo a queima do combustível produzia muitos elementos particulados que, aspirados pelo motor, provocavam desgaste prematuro. Isto numa época em que os componentes metalúrgicos e os lubrificantes não tinham a resistência dos atuais. Para manter a estrovenga funcionando eram necessárias limpezas semanais e filtros muito eficientes, algo que não estava ao alcance da maioria dos usuários. Entrementes, o racionamento criou um belo mercado negro de gasolina, mas isto já assunto para assunto para outro dia. AGB
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