Mais uma raridade que andava por Copacabana no fim dos anos 20: Chrysler Sport Phaeton Dual-Cowl 1928 (?). Carroceria especial, não encontrei nenhum nem parecido no google... Logo atrás, um Auburn contemporâneo.
A maioria esmagadora dos carros interessantes do pré-Guerra infelizmente virou sucata ou terminou em Volta Redonda. O próprio esforço de Guerra requisitava a reciclagem de metais. Uns poucos sobreviventes voltaram às suas pátrias. A escassez de peças, o consumo elevado e o desconhecimento dos mecânicos quanto a certas engenharias não faziam deles carros para o uso diário. Resultado: sucata, muitos antes mesmo de 1950. Os poucos que se salvaram foram uns sortudos que terminaram nas mãos corretas, para nossa satisfação. Curiosamente o Brasil já trouxe do Uruguai, Argentina e EUA tantos carros antigos interessantes que podemos considerar quase uma justiça poética. Se nós acessarmos o Ebay US e calcularmos TODAS as taxas de aduana, sai mais em conta comprar diretamente deles do que dos nossos comerciantes especialistas em antigos, na maioria dos casos. Confiram.
me parece que , aos preços pedidos aqui pelos Dodges/Opalas/Maveriks , bem se pode importar esses autos dos USA com bom lucro , sem falar de outras possibilidades de marcas e modelos e anos , cobiçadíssimos entre nós também . Naturalmente que respeito a nostalgia de cada um ,que é o moto de nosso colecionismo . Mas há que se abrir um pouco os horizontes sentimentais ! Abraço....Tato
Justamente, Tato, e na minha compreensão, valorizar os nacionais não significa, necessariamente, apenas inflacionar seus preços. Valorizar os nacionais é, antes de tudo, resgatá-los e divulgá-los nos eventos, fomentando o interesse principalmente das novas gerações. É mostrar a relevância do Brasília, Dodginho, Chevette etc. para as novas gerações, compravando que eles merecem ser salvos e preservados, como todo nacional. Eu não consigo ver um Fiat 147 como carro antigo por conta da minha idade, mas quem está com 18, 20 anos agora, já pode apresentar um olhar diferenciado para esses modelos. Um bom exemplo é o Gurgel BR-800, ainda pouco conhecido pelo público mais novo, mas com importância histórica inquestionável. De que adianta pedir R$ 110 mil em um Maverick se isso simplesmente afasta futuros compradores? E o pior: até pede 110, mas as propostas não passam de 60. Qual é a lógica? O mercado não é burro, não é porque um carro é raro e original que qualquer entusiasta vai pagar qualquer preço por ele. Os preços que têm sido praticados aqui no Brasil estão, muitas vezes, deslocados, e isto não é minha opinião, é um fato. Quando um carro fica anunciado no ML por meses a fio sem que seja vendido é porque tem algo errado, e se o carro é bom, o erro pode estar é no preço. Cada caso é um caso específico, mas em muitas situações o preço pedido simplesmente não tem coerência. Ontem eu vi no Ebay um Chevy 36 coupé que, em minhas contas, pode chegar aqui por R$ 65 mil, muito menos que os R$ 140 mil que estão pedindo por aí por coupés da mesma geração, nas lojas e sites especializados em nosso país. O maior valor de um antigo não é a cotação monetária, é sua história, o que significa para nós e para o mundo, mas como todo objeto, também tem um mercado financeiro, porém este, conforme disse, não é - ou não deveria ser - fora de lógica.
Nossa, Prof. Chico, perfeitas suas colocações. Isso deveria ser lido num evento de autos antigos. Como em vários ramos neste Brasil, há muitos oportunistas. Pessoas que compram carros a preço de banana e querem vendê-los a preços exorbitantes, inflacionando o preço dos carros e das peças. Não tento mais fazer proposta em carros desse tipo vendedor, pois muitos são arrogantes, tratam os outros com menosprezo, achando que estão lidando com pessoa sem recursos, etc. Realmente, uma pena.
guilherme, não vi o segundo cowl. a mim parece um roadster. um carro como este com um mecânico então famoso no rj, ganhou uma prova de antigos no primeiro autódromo carioca, na barra. creio, 1965. o camarada se chamava maurício memória. r nasser
Ao fundo, o Restarante Lido (1928-1960), na praça do mesmo nome.
ResponderExcluirExistia tanto carro raro no Brasil que foi pra sucata ou que voltou para a Europa/EUA antes de nascer aqui a cultura do antigomobilismo.
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ResponderExcluirA maioria esmagadora dos carros interessantes do pré-Guerra
infelizmente virou sucata ou terminou em Volta Redonda.
O próprio esforço de Guerra requisitava a reciclagem de metais.
Uns poucos sobreviventes voltaram às suas pátrias. A escassez
de peças, o consumo elevado e o desconhecimento dos mecânicos
quanto a certas engenharias não faziam deles carros para o uso
diário. Resultado: sucata, muitos antes mesmo de 1950.
Os poucos que se salvaram foram uns sortudos que terminaram nas mãos corretas, para nossa satisfação.
Curiosamente o Brasil já trouxe do Uruguai, Argentina e EUA
tantos carros antigos interessantes que podemos considerar
quase uma justiça poética. Se nós acessarmos o Ebay US e
calcularmos TODAS as taxas de aduana, sai mais em conta
comprar diretamente deles do que dos nossos comerciantes
especialistas em antigos, na maioria dos casos. Confiram.
Professor,corroborando,
ResponderExcluirme parece que , aos preços pedidos aqui pelos Dodges/Opalas/Maveriks , bem se pode importar esses autos dos USA com bom lucro , sem falar de outras possibilidades de marcas e modelos e anos , cobiçadíssimos entre nós também .
Naturalmente que respeito a nostalgia de cada um ,que é o moto de nosso colecionismo .
Mas há que se abrir um pouco os horizontes sentimentais !
Abraço....Tato
Justamente, Tato, e na minha compreensão, valorizar
ResponderExcluiros nacionais não significa, necessariamente, apenas
inflacionar seus preços. Valorizar os nacionais é, antes de
tudo, resgatá-los e divulgá-los nos eventos, fomentando o
interesse principalmente das novas gerações.
É mostrar a relevância do Brasília, Dodginho, Chevette etc.
para as novas gerações, compravando que eles merecem
ser salvos e preservados, como todo nacional.
Eu não consigo ver um Fiat 147 como carro antigo por conta da
minha idade, mas quem está com 18, 20 anos agora, já
pode apresentar um olhar diferenciado para esses modelos.
Um bom exemplo é o Gurgel BR-800, ainda pouco conhecido
pelo público mais novo, mas com importância histórica
inquestionável.
De que adianta pedir R$ 110 mil em um Maverick se isso
simplesmente afasta futuros compradores?
E o pior: até pede 110, mas as propostas não passam de 60.
Qual é a lógica? O mercado não é burro, não é porque um
carro é raro e original que qualquer entusiasta vai pagar
qualquer preço por ele.
Os preços que têm sido praticados aqui no Brasil estão,
muitas vezes, deslocados, e isto não é minha opinião, é um
fato. Quando um carro fica anunciado no ML por meses a
fio sem que seja vendido é porque tem algo errado, e se
o carro é bom, o erro pode estar é no preço. Cada caso é
um caso específico, mas em muitas situações o preço
pedido simplesmente não tem coerência.
Ontem eu vi no Ebay um Chevy 36 coupé que, em minhas contas,
pode chegar aqui por R$ 65 mil, muito menos que os R$ 140 mil
que estão pedindo por aí por coupés da mesma geração, nas
lojas e sites especializados em nosso país.
O maior valor de um antigo não é a cotação monetária, é sua
história, o que significa para nós e para o mundo, mas como todo
objeto, também tem um mercado financeiro, porém este, conforme
disse, não é - ou não deveria ser - fora de lógica.
Nossa, Prof. Chico, perfeitas suas colocações. Isso deveria ser lido num evento de autos antigos. Como em vários ramos neste Brasil, há muitos oportunistas. Pessoas que compram carros a preço de banana e querem vendê-los a preços exorbitantes, inflacionando o preço dos carros e das peças. Não tento mais fazer proposta em carros desse tipo vendedor, pois muitos são arrogantes, tratam os outros com menosprezo, achando que estão lidando com pessoa sem recursos, etc. Realmente, uma pena.
ExcluirParabens!
ResponderExcluirUma bela forma de se voltar no tempo.
Abraço.
guilherme,
ResponderExcluirnão vi o segundo cowl. a mim parece um roadster. um carro como este com um mecânico então famoso no rj, ganhou uma prova de antigos no primeiro autódromo carioca, na barra. creio, 1965. o camarada se chamava maurício memória. r nasser