O FNM JK é um dos carros nacionais mais difíceis de se colecionar. Primeiro pela relativa baixa produção anual, direcionada apenas a um público super seleto. Segundo por ser um carro bastante complexo, oque colaborou para o seu desaparecimento durante a sua fase de "carro usado", aliado ao fato de que a Fábrica Nacional de Motores logo deixou os JK órfãos de peças para reposição. Não bastasse esses fatores, as unidades que merecerem restauração hoje ainda terão outra dificuldade maior que a absoluta ausência de peças: a quase absoluta ausência de referências do padrão original utilizado pela própria fábrica! Daí mais uma vez a importância das imagens antigas, que também são raras.
Acima, foto de um FNM JK OKm durante a inauguração da cidade de Brasília-DF. A unidade que aparece junto a Álvaro Varanda (na foto colhida no blog 'Baixando a Bota' do Henrique Baleiro) mostra certamente uma das primeiríssimas unidades montadas no Brasil, pois ainda traz alguns ítens do modelo italiano, como o suporte de placas.
Na foto abaixo, um visitante do Salão do Automóvel de 1961 faz pose ao volante de outro JK, mostrando o painel e a configuração da tepeçaria.
Outro detalhe super interessante que limita a restauração de um JK é a medida correta dos pneus, pois a roda é aro 15... e meio! Isso tudo faz do modelo um grande desafio e, obriga-nos a respeitar as poucas unidades sobreviventes mantendo o mais elevado nível de originalidade.
guilhermedicin@hotmail.com
Histórias: Os Locomóveis em Selbach - RS
Há 5 anos
Guilherme
ResponderExcluirEm 1992 eu comprei um FNM 2000 ano 1970.
Carro muito raro. E muito problemático.
Eu vendi para um jornalista carioca que possui uma coleção de Alfas.
Mas o carro estava mal de lataria, havia sido mal trabalhado e aprsentava ferrugens na estrutura da carroceria. O freio, que precisava ser todo trocado, tinha o circuito hidraulico compartilhado com o da embreagem. A parte elétrica era uma dor de cabeça também.
Mas o motor nunca dava problema.
Na agonia de vender recebi muita informação, inclusive sobre o fornecimento de qualquer peça vinda da Italia, de oficinas que fabricam peças de reposição.
Tudo muito caro.
Já te mandei a foto dele.
Abraços
PAulo Sallorenzo
Guilherme, o Alvaro me contou que foi dirigindo esse carro até Brasilia, para se adaptar para a corrida, chegou em 2º, atrás do Chico Landi, pois errou a reduzida para terceira (como você sabe, a alavanca de marchas ficava na coluna de direção) engrenando uma quinta na ultima volta e perdendo a liderança.
ResponderExcluirUm abração.
Pois é , o Alfa 2000 , nosso FNM .
ResponderExcluirNão era minha praia , mesmo porque não desvalorizava como o Simca , de modo que....para um recém formado , nem pensar !
Mas , sempre um carro lindo de se ver : talvez um dia......
Quando o dia apareceu , literalmente uma oferta no meu portão de casa , não pude resistir.....
Carro muito sólido , a alavanca de marchas na direção não era das coisas mais suaves , os freios duros como os dos caminhões , idem direção ,decididamente um "esportivo" para quem gosta de passar trabalho !
Aos poucos , freios foram melhorados , setor de direção aliviado e mais suave , as marchas de troca no assoalho foram melhorias substanciais .
Realmente , não há o que falar do motor , de minha parte : mecânica avançada para nossos padrões , fácil de regular , roncava bonito , um pouco fraco para seu peso : mas , naqueles dias , era o máximo !
Percebi que , dos quatro que tivemos , pelo menos dois tinham as cicatrizes de participação em competições , enorme agravante para uma boa restauração .
Mais sujeito à ferrugem que seus irmãos de chapa ferruginosa entre nós , seus parachoques posteriores eram nichados nos paralamas e de difícil higienização , sem falar da maioria que ainda trazia o escapamento pelo interior de um dos lados do parachoques , enorme agravante .
E por aí vai.....porém , uma vez primorosamente restaurado , é uma emoção ver um design puro de "carrozieri" , um carro sem defeitos de desenho , esteticamente .
É um desafio , mas vale o esforço , para um só que seja !
Ah , sim , o rodado 15 1/2" : é aí o calcanhar de aquiles final....sim , existem desta bitola os de Citroen , diagonais "salsichas" : nem pensar ! Os pneus do Lada "passeio" não bem resolvem o assunto , mas tiram o carro dos cavaletes !
É muito trabalho e pesquisa , mas compensa !
Abraços a todos ....TATO
Tato, por acaso o Guilherme já publicou fotos aqui do seu JK? Se sim, não devem ter sido em bastante número ainda, pois não há como se farta de admirar um automóvel como este. Assim, deixo o pedido a ambos, blogger e proprietário, que em breve mostrem para nós todos os detalhes da restauração e do produto final, que certamente fará a alegria de muitos.
ResponderExcluirAbraços, Nik.
Nik, naquela semana histórica para o nosso AntigosVerdeAmarelo em que o museu Tatos Garage foi apresentado, apareceram os dois Fenemês: o 1964 preto e o laranja 1971(?).
ResponderExcluirAcho que você vai se surpreender ao saber que a Esplanada que apareceu nesse post está passando por uma restauração super criteriosa exatamente nesse momento.
http://antigosverdeamarelo.blogspot.com/2010/02/tatos-garage-05.html
Abraços,
Amigos,
ResponderExcluirA tempos resolvi restaurar um JK 68, para tanto fui comprando outros que surgiram, acabei guardando dois deles para futuramente restaurar, mas em função das dificuldades diversas em conseguir peças, acabei desmontando mais um para vender em peças, tenho outro que deverá ir para o mesmo caminho, apesar de estar com carroceria íntegra (já restaurada faltando acabamento para pintura) vou desmonta-lo e vender em peças.
Tenho toda carroceria, toda mecânica e mais: Jg. de rodas originais com todos pneus.
Interessados em peças, façam contato: nelci@pannet.com.br
Forte abraço, Eugênio