segunda-feira, 15 de novembro de 2010

I Shock - Car brasileiro , em 1974 ...

Cenas fortes.
17 de Fevereiro de 1974.
Uma grande arena na Praia do Cassino, cidade de Rio Grande-RS.
Uma multidão de pessoas.
Dezenove veículos dispostos em um círculo dentro da arena. Dentre eles estão Fords, Chevrolets, Lincoln, Plymouth, Dodge, Hudson e Buick. Mas eles não valem nada. Foram todos comprados em ferros-velhos dias antes e serão destruídos para alegria da plateia.

Era o primeiro Shock-Car realizado no Brasil!
A modalidade já era comum nos EUA. Carros velhos eram colocados em uma arena e sem muitas regras rígidas, ganhava a brincadeira o último carro que permanecesse andando.
Vejam essa interessante perua Dodge no estacionamento do evento... Deve estar pensando: "Caramba, preciso ir embora antes que me joguem nessa arena!".

Abaixo, a multidão atraída pelo Shock-Car.

Impossível ver essas cenas e não pensar: "Esses carros valeriam uma fortuna hoje". Mas acontece que na época não valiam absolutamente nada e, essa é a irônia do destinho. Taí a graça das fotos!
Acima, Chevrolet FleetLine quatro portas 1952.

Abaixo, Ford Fairlane 1959.Um Lincoln Five Window. Acima, uma matéria sobre o evento na revista Quatro Rodas.

Essas fotos foram primeiro postadas no blogdosanco.blogspot.com/ e agora cedidas ao AntigosVerdeAmarelo pelo Ibraim Gonçalves, que foi um dos organizadores do evento.

guilhermedicin@hotmail.com

13 comentários:

  1. Olá Gui.
    É muito triste de se ver...Coisa de americano, isto e esta mania de pixar as ruas e prédios com letras no estilo garrancho "Tiririca", coisa de analfabeto e pessoas sem o menor senso de cultura, alias os dois exemplos são culturas inuteis importadas da "gringolândia", não trás beneficio nenhum...
    Dario Faria

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  2. Não dá pra discriminar. Apenas refletir. É igual a tantos carros que foram picados nos ferro velho. Isso aí há quase 40 anos, não é nada perto da ignorância dos Hots atualmente, que acaba com muitos carros, inclusive muitos placa preta que são transformados... Alberto.

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  3. Muito triste mesmo e o Danilo Faria já disse tudo à respeito.
    Algumas raridades foram definitivamente destruidas ali.
    Carros como Nash, Lincoln Five Windows, De Soto, Chrysler e até os Chevrolet Sedanetes, não poderiam passar por essa provação.
    E aquela perua Dodge Coronet, deve mesmo ter saido de fininho do "empolgante evento".
    Caso contrario...
    Lamentavel.
    Romeu.

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  4. Realmente é coisa de americano.
    Uma bosta!!!!!!!!!!!!!
    Rodeio, raloin, chiclete, beber cerveja na garrafa, comer porcaria no Mac Donald..........
    Já ví filmes, lá dos EUA, onde os pilotos saem carregados para o hospital. Bem feito.
    Igual ao toureiro quando o touro acerta.
    Paulo Sallorenzo

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  5. Falou tudo Sallorenzo. Ví recentemente aqui no MT, uns bestas que fazem aqueles "show" de passar com motos por cima de carros antigos(fuscas, SP2, opalas, maveriks,etc...) A "cultura" ridícula-medíocre dos rodeios, essa praga que se instalou no Brasil, comércio$ de oportunistas, copiado de americanos retardados, espíritos de destruição.
    Isso precisa ser substituído urgentemente por investimentos em cultura de verdade,(Orquestras sinfônicas de verdade para jovens e crianças, teatros públicos de qualidade por todo o país, escolas de belas artes,- públicas, etc, etc...)E, em questão de reciclagem de autos antigos, retira-se tudo o aproveitável, e aí sim, siderurgica.Isso é sustentabilidade cultural- ambiental.

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  6. Acho muito engraçado esses comentários... Alguém chora por ver um Lada ou um Chevette abandonado em via pública? E quando observam um Corcel II ou uma Variant caindo aos pedaços, alguém se comove? Tudo tem seu tempo, é óbvio que hoje, ver essas fotos, causa uma certa perplexidade, mas na época, esses carros não valiam nada! Esses exemplares da foto foram destruidos neste tipo de conpetição, mas a imensa maioria foi, inteiros ou não, destruidos em algum ferro-velho da vida, na base da machadada, picados, e vendidos por kilo para a Siderúrgica. Para encerrar, os Europeus também já faziam e fazem até hoje seus campeonatos de destruição, bem aos moldes do estilo americano, se for para jogar os gringos na fogueira, que se joguem todos, sem exceção. Até - Roberto

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  7. Quem ai vai chora vendo um gol, uno, corsa, chevette 80/90, escort, fiesta e palio sendo destruido?
    É ruim de qualquer jeito, quem ai ira chorar por causa de uma cherokee 95 sendo destruida nos EUA pelo programa de troca de carros?
    Ninguem naquele dia tinha noção do valor historico dos carros, eles já estavam em desmanches, muito menos dos valores deles hoje.

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  8. pow pode crer me amarro nos tempos que passou agora so por fotos rsrsrs que tempo bom que ñ vouta nunca maisss!!!!!

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  9. Sucata tem mais é que ser destruida mesmo...adoros os Banger Racing,corridas de demolição bastante extremas que ha na Inglaterra e Irlanda(confiram) e demo derby como ha nos EUA..ano que vem vou participar de um,ja comprei um Passat 88...Falta de cultura pra mim é funk,programas ridiculos q passa na globo,induzido crianças a pornografia,etc,etc... Demolotion rules!!!

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  10. Muito triste a cena... menos uma rara Lincoln 1947 coupe, numa disputa que mal durava um dia esses autos. Menos autos antigos interessantes era o final desse jogo...
    Paulo

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  11. Essa modalidade de competição, felizmente atípica, no caso de Rio Grande/RS veio substituir em parte: além das perigosas e disputadas corridas em off realizadas nas madrugadas de verão na praia do Balneário Cassino, mais particularmente as tradicionais corridas oficiais de carros organizadas pelo CAR-ClubeAutomobilísticoRiograndino. Sou testemunha dq mts foram detonados nos Shock-Car aquí realizados, porém na sua maioria e a exemplo dq ainda ocorre , esses carros se encontravam nos ferro-velhos jah com destino traçado a caminho da metalúrgica. Inclusive, hoje ainda me causa desconforto ver essas photos pq tive lá meu contributo nesses eventos; no primeiro coloquei um Chrysler47 que casualmente aparece n'uma das photos com uma propaganda da Honda, e, no segundo um Galaxie67 marfim. As banheiras valiam mt pouco nesses tempos de crise do petróleo, porém mesmo assim para baratear o carro, mt a contra-gosto os desmanches se davam ao trabalho de remover peças reaproveitáveis, deixando levar para a arena soh oq valia a peso de ferro dos malfadados carros. Eh claro que isso não justifica o procedimento deliberado de destruição se levarmos em conta a ótica de preservação da memória automotiva, como tbm pouco serve de consolo ao lembrarmos que alguns carros jah eram raros à época ou se tornariam valiosos em breve. Me recordo de um RT72 branco que vendí quatro anos antes de uma dessas provas e dps o ví pela última vez soltanto fumaça por uma chaminé que saia da capota, isso pouco antes de ser destruído. Justamente por esses motivos e para tentar pelo menos amenizar os estragos, por sugestão do saudoso EmílioCarrera mt amigo do IbrahimGonçalves, logo decidimos criar no CAR um Departamento de Veículos Veteranos, tardiamente a bem da verdade. Em seguida surtiu efeitos essa medida pq aderiram diversos adeptos que por sinal jah mantinham em suas garagens razoável acervo, nessa turma estava este antigo-automobilísta que teve a sorte de ver o movimento antigomobilísta se popularizar e testemunhou o nascimento em 240589 do VCCRG-CA VeteranCarClub do RioGrande/RS que sem dúvida teve seu embrião consolidado naquele departamento do extinto CAR. Atte.LuizMSampayo

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