"Senhores",conforme a postagem abaixo, tivemos hoje o início de mais um capítulo na história do Museu Paulista de Antiguidades Mecânicas -MPAM- situado na cidade paulista de Caçapava. Nem de longe é o final feliz, pois ainda há muito o que fazer, mas pode ser um portal à esse caminho.
Para os não iniciados, vale dizer que Roberto Eduardo Lee foi um pioneiro na atividade de colecionar carros antigos no Brasil. Montou, lá nos anos 60 e 70, o primeiro Museu de automóveis, que esteve também entre os melhores de sua época reunindo um acervo fantástico. Roberto Lee foi um visionário, um grande incentivador. Em 1975, foi assassinado em um crime passional. Sem o fundador, o MPAM sofreu diversos golpes. Grande parte de seu acervo foi vendido, a grande maioria encontrou guarita no exterior. Algumas outras dezenas de carros permaneceram no Museu e sem a devida atenção foram sofrendo pela deteriorização dos anos, mas principalmente por furtos. O que lá restou ainda é um acervo de grande respeito, e dá dicas daquilo que foi em seu auge.
O Museu é um patrimônio cultural nacional e recebe a estima de todos nós antigomobilistas.
Recorro a essas duas fotos carregadas de uma incrível simbologia:
- É o mesmo lugar: a porta de entrada dos visitantes ao Museu.
- A primeira foto, 1972, a segunda, é atual.
- Os raios de sol já não chegam mais com tanta facilidade.
- A pesada porta, antes branca, agora é escura.
- O chão, antes limpo e sadio, tornou-se coberto por folhas mortas e lodo.
- A figura do idealizador foi substituída por um desconcertante muro de blocos que sepulcrou todo o legado restante lá dentro, privando o mundo dele.
- Na roda de madeira, onde Roberto Lee apoia o braço, o local apodreceu. E onde estão seus pés, aparece um estranho monumento, que me lembra uma lápide. Talvez esteja alí o epitáfio: "Fazenda Esperança".
A história de Roberto Lee e do MPAM, nos instiga a pensar no que tivemos, no que poderíamos ter tido, no que temos e no que queremos e poderemos ter.
A primeira foto foi extraída pelo fotógrafo Paulo Sallorenzo de um vídeo, que pode (deve!) ser visto em: http://www.youtube.com/watch?v=8Fo8iysTf1A
guilhermedicin@hotmail.com
E pensar que no início de minha adolescência cheguei a trocar algumas cartas com o Sr. Lee. Na época eu estava apaixonado por um Fiat Toppolino largado na rua perto de casa. Ele sempre foi atencioso e me deu dicas de como proceder para descobrir o proprietário ao invés de simplesmente tentar pegar o carro para mim... Ah, infancia... Fiquei chocado na época, ao ler sobre o seu assassinato e mais ainda vendo a destruição de seu sonho com o passar dos anos.
ResponderExcluirOlá Gui.
ResponderExcluirÉ surpriendente este video, o Sr. Lee dando entrevista é algo fascinante que sómente a Internet poderia nos proporcionar o acesso a este arquivo tão precioso.Agora é muito interessante ver ele dirigindo o Hispano Suiza, lembro me bem deste carro que esteve estampado na contra-capa das revista 4Rodas de época e fazia um comercial da marca de cigarros Hilton, e agora onde está o carro?Deve ter sido exportado a preço de banana,assim como outros mais que estavam lá, talvez a Bugatti, esta fazia a propaganda dos pneus B.F.Brigstone com uma aluzão ao Rudolph Valentino e uma outra propaganda um Packard com o John Wayne (você tem estas propagandas?), e a Isotta Fraschine da familia Lage eu vi em um museu próximo a Interlagos SP na década de 70 e em um outro filme do museu no Youtube aparece um Delage na foto de um colecionador psicologo...No final da história devemos ser a "Banana Republic" por que tudo aqui é trocado a preço de banana mesmo e não fica nada, os gringos acham que trazem miçangas e espelhos e trocam com coisas muito interessantes e saem no lucro, a antiga Lei de Gerson: levar vantagem em tudo...Espero que tenham bons colecionadores no vale do Paraiba, a região de Caçapava em S. Paulo para ficar de olho no governo para que tudo funcione conforme o prometido e não como promessas de politicos...
Darioo Faria
eu conheci este cidadão,dr Roberto Eduardo Lee,homem integro boa gente,conheci também sua filha,Mariangela que puxou para opai.
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