domingo, 28 de dezembro de 2008

Isotta Fraschini no Brasil ...



Dediquei mais de um dia de pesquisa aos "Izóta frasquíni". Não me apeguei à história da marca italiana, fundação, criador, percalsos essas coisas. Meu alvo foi a história dos carros no Brasil. Com toda certeza já teve gente que foi muito fundo nesse tema, eu usei apenas os meu alfarrábios. A Revista Relicário (Ano 7, número 6, de 1993) diz ter vindo ao Brasil entre 15 e 20 carros no período de 1922 até 1933. A história mais contada é, como o leitor já deve saber, do magnata brasileiro Henrique Lage que além de três Isotta somava ainda a Isotta de sua esposa, Gabriela.

As histórias se confundem, ou eu pelo menos, eu não soube separar o joio do trigo. A mesma reportagem diz haver hoje (em 1993) quatro Isotta no Brasil.

Outra famosa é a 1928 de João Ribeiro de Barros, famoso por atravessar o Atlântico no avião Jahú.



Minha confusão, caro leitor, é em decifrar quem é quem. As Isotta aparecem esporadicamente nos 40 anos de literatura automobilistica e antigomobilistica nacional e nesse tempo é bem possível que tenham tido suas cores mudadas. Mas, de qualquer forma, não cheguei a conclusões definitivas. Um dia faço um dossiê e coloco aqui para ver se chegamos a algum lugar.


A foto é do casamento do notório colecionador Romeu Siciliano e a foto veio de uma homenagem dedicada à ele no portal autoclassic.com.br


31 comentários:

  1. Vi um Isotta Coupe conversivel no Bairro do tatuapé em 1994 pertencia a um advogado aposentado, ele estava com o carro em frente a sua casa e explicou os detalhes do carro disse que as lentes dos farois eram de cristal, o motor enorme oito cilindros em linhatodos instrumentos no painel em escrita gotica, disse que as lampadas dos farois eram originais e que algumas pecas eram de prata, por fim me mostrou uma reportagem dele no jornal em uma volta no circuito de interlagos e disse que o carro ficaria para os parentes brigarem, pois alguns americamos que tinham conhecimento do carro o sondaram sobre uma possivel venda por anos mas ele nao vendeu e as cartas do americano haviam parado de chegar e como o americano tambem era coroa ele acreditava que o mesmo ja havia passado dessa para uma melhor, ele me contou mais uns detalhes de como consegui o carro mas isso fica para uma proxima vez

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  2. Este Isota da foto, é 1929, e era do pai de minha primeira namorada. É justamente ele, Dr. Otávio Rodrigues de Souza (já falecido) que está ao volante. Ah, este carro foi importado por Henrique Lage, para uma amante dele, e foi comprado três anos depois pelo Dr. Otávio.

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    1. Eu namorei tb a filha do Hiran, filho do seu Otávio.
      Tb foi minha primeira namorada.
      O seu Otavio me chamava de vareta.
      Meus avós e ele tem histórias comum na Igreja Adventista do 7o dia Mov. De Reforma.

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  3. Conheci o Dr. Octavio. Morava no Brooklin Paulista (SP) na rua Barão do Triumpho, onde morava. Na frente a casa dele, muito antiga, nos fundos a garagem (sempre fechada)onde ele guardava o precioso Isotta Fraschini. Que eu me recorde ele era azul e creme. Um dia ele me abriu a garagem para mostrar o carro e me comentou sobre um rolamento de roda que ele (mesmo) estava substituindo. As vezes ele rodava pelo bairro e ia visitar parentes no bairro do Campo Belo. Isso aconteceu nos anos 60. Não sei onde foi parar esse rarissimo exemplar. Marcos Valente Junior - Capital, SP.

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    1. Valente Jr, esse exemplar hj está em São Paulo e em restauração, ficou com a familia do Dr Otavio até o ano de 2008.

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  4. Lembro na minha juventude que um médico veterinário morador do bairro Jardim da Saúde era proprietário de um Isotta Fraschini que levou a Rainha Elisabeth em sua visita ao Brasil. Alguém sabe dessa história?

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    1. Eu morava no Sacomã, Ipiranga e o Dr. Otávio tinha sua clinica no começo da estrada das Lágrimas, e sempre que levava meus cães para consulta ficava admirando aquela joia, uma vez ele comentou que o Roberto Carlos disse que pagaria o que ele pedisse, na época do calhambeque
      anos 60 e 70

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  5. Eu não sei se existem dois Issotas Fraschini no Brasil, creio que não, aliás pelo que sei, só existiam à época que conheci o proprietário desse veiculo, um senhor, veterinário e que possuía uma pequena clinica na Estrada das Lagrimas, defronte a famosa "biquinha", apenas cinco desse maravilhoso veiculo, totalmente feito a mão. Uma verdadeira jóia mecânica. E via esse veiculo quase todos os dias, era jovem então e ia com meu velho pai buscar água nessa mina. Ficava sentado, olhando fascinado para aquele carro. Fui ver esse carro depois de adulto, numa gravação da Rede Globo, ele foi usado na novela Ossos do Barão, se nãp me engano. Depois disso, nunca o ví.

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    1. É exatamente isso.
      O Dr. Otávio de Souza comprou esse carro no final da década de 50 num ferro velho em Londrina-Paraná. Após ter permanecido alguns meses no quintal da minha casa, foi levada para São Paulo onde foi restaurado.
      tenho algumas fotos do carro, inclusive com dedicatória.

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    2. Seu Otávio era avô de minha primeira namorada Ivane, e qd ela me contava sobre seu avô eu pensava q era lorota, até eu conhecer este homem cheio de histórias incríveis.
      Boa parte do Sacomã era propriedade (fazenda) sua, foi tudo invadido. Ele me contou como foi a primeira invasão e o que aconteceu qd o invasor tentou cavar um poço.
      Seu Otávio me chamava de ''vareta'' e tinha um hábito de ao atender o telefone falar:
      ''Pegando e atendendo!''
      Qd perguntei o pq ele me disse que nao sabia pq todo mundo falava ''alô''.
      Era uma pessoa de personalidade e originalidade invejável.
      Amo seus familiares até hj.
      Perderam tudo o que tinham, menos o respeito e o amor de família.
      Um abraço a todos eles!

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    3. MEU PAI ERA GERENTE DO BANCO BRADESCO NO COMEÇO DA VIA ANCHIETA E ERA AMIGO DESSE VETERINÁRIO E ELE CONTAVA MUITAS HISTORIAS DESSE CARRO INCLUSIVE QUE ATÉ A RAINHA ELIZABETH QUANDO VEIO NO BRASIL PASSEARAM COM A RAINHA NESSE CARRO.... TENHO UMA CARTÃO POSTAL PERDIDO ATÉ HOJE NA CASA DE MEU PAI QUANDO ELE COMPROU ESSE CARRO ELE DISTRIBUIU MUITOS CARTÕES POSTAIS COM ELE AO VOLANTE... MEU ZAP É DDD18 997413167

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  6. Por in rivel que pareça, esse carro foi comprado pelo Dr Otavio num ferro velho em Londrina-Pr, no final da década de.50. O carro permaneceu no quintal da minha casa por vários meses antes de ser levado para São Paulo.

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  7. Por in rivel que pareça, esse carro foi comprado pelo Dr Otavio num ferro velho em Londrina-Pr, no final da década de.50. O carro permaneceu no quintal da minha casa por vários meses antes de ser levado para São Paulo.

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    1. Joel, o post mais acima afirma que o carro foi comprado pelo Dr. Otavio 3 anos após ter sido importado pelo Sr. Henrique Lage. Como o modelo é de 1.929 ele talvez tenha sido adquirido em meados dos anos 30, você teria essa informação?

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    2. JCRF O ANO DO CARRO ERA 1928 A SUA COR ERA AMARELA , O CARRO FICOU COM A SUA E UNICA SOBRINHA A QUAL MORAVA NA ZONA LESTE O MESMO ERA CONHECIDO NO BAIRRO PELO NOME DE NOVAES ELE SEMPRE VISITAVA O SEU AMIGO GREGO NA MESMA RUA ONDE ELE MORAVA

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  8. São diversas postagens onde divergem entre elas. Como eu morei no Brooklin desde 1950, este carro do Dr.Otávio realmente estava na casa dele, na rua Barão do Triumpho. Creio que o carro era cor cinza e os para lamas pretos,
    Passado um tempo, onde era cinza, foi pintado de amarelo!
    Se alguém tiver mais alguma informação, peço que me envie um e-mail para ebatelli@live.com.
    Um abraço
    Eduardo Batelli
    02/01/2016

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    1. Sou sobrinha do Dr Otávio, e não tenho conhecimento dele morando nesse local! Nós morávamos na Conde de Porto Alegre, ele vinha nos visitar, mas morava no sacomã

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    2. Bom dia á todos. O dr
      Otávio era sobrinho de meu pai Basílio Fagundes de Souza. Ele ajudou a restaurar este carro. Tenho foto do dr. Otávio ao lado do motor que foi restaurado na concessionária Ford de Apucarana . Quem quiser cópia da foto, vou deixar meu e-mail: basiliofagundes@outlook.com

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    3. O sr. Otávio era sobrinho de meu pai, Basílio Fagundes de Souza.

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  9. Morei ali no Sacomã na rua Souza Coutinho durante toda minha infancia e juventude,realmente esse carro era de um veterinario ali da estrada das lágrimas em frente a biquinha,e pelo que me consta eram 2 carros um deles era para peça de reposição,contava-se na época que o Roberto Carlos,realmente ofereçeu uma grana preta pra ele,ele costumava ir atender os chamados de Isotta rsrsrsrs,outra coisa ,o tal do terreno invadido de propriedade da familia dele é o que hoje se tornou a comunidade do Heliopolis.

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  10. Meu pai andou nesse carro do Sr Otávio, meus tios que reparavam esse carro um era mecânico e outro funileiro, Tinham oficina na Rua Alencar Agaripe travessa da Estrada das Lágrimas.

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    1. O seu Otávio tinha mais de 20 jeeps, ele era colecionador e inventor. Qd o conheci em 94 ele ainda tinha 3. TB me mostrou fotos do Roberto Carlos com ele neste dia que o rei foi lá pra comprar o carro dele.
      Curiosidade: seu Otávio inventou um sistema que trocava o volante de lugar, vc poderia dirigir o jeep do lado esquerdo ou direito.
      TB tinha um jeep com um dispositivo na frente do carro que, se alguém tentasse abrir o capô, jogava óleo quente no curioso.
      Ele vivia inventando coisas. Pena que o conheci tarde e não há registros públicos de suas atividades.

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    2. Dr. Otávio era amigo do meu avô, meu pai e no final meu, um irmão do meu avô era vizinho dele e o casamento de um dos filhos foi onde ele guardava os carros, ao lado da clínica.Estudei com uma das filhas dele e várias vezes andei nesse carro quando ele a buscava na escola. Os “jeeps” que ele tinha eram Land Rovers.

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  11. meu avo, o primeiro Lauro (sou o Lauro Neto), escrevia e se comunicava muito bem em Italiano, e foi o correspondente da representação da Isotta Fraschini Brasil com a Isotta Fraschini Italia nos anos 20

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  12. Existiu também o Isotta da milionária paulistana, Stella Penteado da Silva Prado ( Vó Stella). Além do chauffer ia no banco da frente um Grou, um rapaz que abriria a porta e descia uma pequena escada para o desembarque de Vó Stella. Ela tbm tinha a casa mais maravilhosa da avenida Higienópolis. O carro não se sou o fim.

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  13. Isotta do Dr. Otavio Rodrigues da Silva : RÉPLICA do Isotta de Rodolfo Valentino. fonte: Revista Quatro Rodas nº.152 março\1973.

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  14. Até aonde sei, em verdade há uma pequena distinção com relação aos veículos. Seriam dois exemplares do Isotta Fraschini, um na Estrada das Lágrimas, do Dr. Octávio Rodrigues de Souza (veterinário) e outro no bairro do Campo Belo, do Dr. Octávio Novaes, sendo que esse último exemplar está em processo de restauro.

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  15. O do campo belo eu conheci na década de secenta o senhor colocava luvas brancas e chapéu roupa antiga e desfilava nas paradas de 7 de setembro em moema

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  16. Na direção estava um médico veterinário, fanfarrão, mas muito boa pessoa. Eu era um menino que andava descalço, vivia com o pé furado por prego, caco de vidro, eu tinha um short velho e poido, de manhã não dava outra, punha o tal short e ia pra rua. Na esquina de casa tinha um pequeno larguinho , onde até recentemente funcionava um restaurante, lembra Chaker? Esse carro parou bem ali, nossa fique louco, e daquele jeito fui conversar com seu dono, esse aí de chapéu. Era o tal veterinário, lembro que ele me contou que havia conduzido a rainha Elizabeth, quando ela veio para inaugurar o MASP na Av. Paulista, antes era na Rua Sete de Abril. Ele me falou que o Roberto Carlos queria comprá-lo. Era um belo calhambeque. Eu Olhei bem aquele carro, aquele enorme farol, foi aí que eu te disse que quero por um farol de milha grande no para-choque dianteiro, quero imitar esse carro aí. Então eu falei para meu pai, sobre esse carro parado na esquina de casa, meu pai me falo que era um Isotta Frachini. Ele só me falou isso uma vez, eu nunca esqueci disso. Agora lembrei de pesquisar, olha ele aí.

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  17. O exemplar do Campo Belo pertencia a um vizinho dos meus avós. Minha mãe relata que teve um noivo que curtia automóveis e que criou amizade com o tal vizinho por conta do carro, deixando ela muito preocupada na época. Pois fizeram uma viagem com esse carro (que ela considerava velho) até o Rio de Janeiro. Ela não lembra a data, mas tal fato ocorreu na década de cinquenta. Considerava o carro velho, pois na época ela era moderninha, já dirigia um automóvel com transmissão automática, um Chevrolet com tecnologia Powerglide. Mas esta já é uma outra história!

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