terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Fiat 509A Torpedo 1927 ...

Uma bonita Fiat 509A Torpedo, provavelmente de 1927, desfilava pelas ruas da próspera cidade de Santos -SP, que escoava toda a produção de café do Brasil. Logo depois, com o crash da bolsa de NY em 1929, o negócio ficou seriamente abalado.

Abaixo, pose com a Fiat, que nos permite apreciar sua carroceria especial de perfil baixo e apenas duas portas. Encarroçado por encomenda?
Nota-se também que os paralamas, estribos e farois são em uma cor -certamente preto- e o resto da carroceria e rodas é em outra cor, que me parece até um pouco fosco.
E, passeio e registro fotográfico na praia. Belíssimo automóvel.
guilhermedicin@hotmail.com

10 comentários:

  1. Fala Guilherme!

    Bonito Fiat.
    O diferencial deste carro é o método usado na construção da carroceria. Durante a década de 20 e 30 foram feitos muitos automóveis usando o principio da patente Weymann, que era nada menos que uma forma de aliviar o peso do carro usando madeira e revestimento parecido com o couro na carroceria. Licenças desta patente foram usadas por quase todos os encarroçadores e algumas montadoras. Grande abraço, JPG.

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  2. Legal é a placa de P.71, seria a n° 71 de Santos?
    Até mais

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  3. Na mosca JPG!
    só jogar "Weymann body" no google que aparecem exemplos de como eram as carrocerias.

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  4. Um exemplar bem interessante mesmo. Qual será o carro que aparece ao fundo? a placa é magnífica, mas, acredito que na época a placa pertencia ao proprietário, e não ao carro, porém não tenho certeza.

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  5. Prof. Chico, então será que ainda neste época não existia "orgão" de transito que registrava os automóveis? Em uma pesquisa rapida descobri que (P) era de carro particular e (A) carro de aluguel...mas como será que era controlado isso, nas cidades e estados?
    Até mais
    Barão

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  6. Barão, os carros sempre foram registrados, havia sim um controle sobre isso. Contudo, até onde eu consegui pesquisar, havia muita autonomia e pouco padrão em nível nacional. Por ex., o padrão de placa usado em São Paulo chegou a ser muito diferente do usado, na mesma época, no Rio Grande do Sul, variando em material, cor, alto ou baixo relevo etc. Em todo caso, sua pesquisa é correta: A de aluguel, P de particular e C de comercial, padrão que foi usado até aproximadamente o fim da Guerra.

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  7. Até a metade dos anos 30, os automóveis usavam carroceria com arcabouço em madeira de lei sobre o qual eram aplicadas as chapas de aço. Esta montagem era pesada, ruidosa e sujeita a desgaste rápido. O sistema de Charles Weymann utilizava ripas de madeira fina com junções metálicas flexíveis e revestidas por couro sintético, garantindo sensível redução do peso e da vibração sem comprometer a rigidez da estrutura. A norteamericana Budd foi quem desenvolveu a técnica para fabricar carrocerias inteiramente em aço, que tornou obsoletos os métodos anteriores. AGB

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  8. No início do século 20 os veículos eram registrados pelas prefeituras (tambem chamadas intendências). Com o aumento do número de automóveis e a implantação de estradas intermunicipais, o controle foi assumido pelos estados. Em 1941 o governo federal emitiu uma lei padronizando esses registros e o modelo de placas: amarelas para particulares, vermelhas para comerciais e brancas para os oficiais. A transição foi lenta e só completada por volta de 1945. E inicialmente as placas eram do proprietário mas depois da unificação essa prática foi abandonada. AGB

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  9. Prof Chico e AGB,muito obrigado pela aula de história...
    Foi muito proveitosa para mim.
    Até mais
    Barão

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  10. Um fato curioso... a FIAT não conta em sua história o periodo pré-Betim, existia importação oficial e montagem por aqui, porém sabe-se lá porque eles não assumem ou fazem uma nota de rodapé quanto a isso.
    Sei que a Varam de SBC montava nos idos dos anos 1940, mas é capaz de antes disso existir outro tipo de importação que infelizmente, talvez para "ficar mais bonitinho" não contam... coisa que a VW e a parte da Brasmotor nunca foi escondida!
    Carlos - Arapongas/PR

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